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Perspectivas do Mercado Imobiliário em 2024: Estabilidade, Oportunidades e Desafios à Vista

  • Foto do escritor: Zé Ricardo
    Zé Ricardo
  • 22 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

O cenário imobiliário em 2023 apresentou desafios e novas oportunidades, consolidando um percurso positivo após anos de dificuldades. Para 2024, espera-se que a estabilidade econômica, alterações nas taxas de juros e o programa Minha Casa Minha Vida sejam fatores determinantes para o desenvolvimento do setor.

A seguir, apresentamos uma análise detalhada das tendências e projeções para o mercado imobiliário em 2024, bem como os possíveis impactos no processo de compra e venda de imóveis.


Perspectivas para o mercado imobiliário em 2024


O mercado imobiliário é dinâmico e está sujeito a constantes mudanças. Diversos fatores, como a taxa de juros, o desempenho da economia nacional e o cenário global, influenciam diretamente essas transformações.

Em 2023, o setor apresentou resultados positivos, ainda que com alguns obstáculos, como a elevada taxa de juros, que inibiu o interesse pela compra de imóveis. Para 2024, a expectativa é de crescimento sustentável, com as seguintes perspectivas:


Estabilidade econômica


Após os impactos causados pela pandemia, a economia brasileira encontra-se em processo de estabilização. A recuperação de diversos setores econômicos no período pós-pandemia, aliada à consolidação do novo governo, reforça a confiança dos investidores e favorece o crescimento do mercado.

O aumento do PIB em 2023, que superou as previsões e atingiu 2,9%, é um indicativo dessa recuperação. Para 2024, o Banco Central projeta um crescimento de 1,9%, conforme relatado no mais recente Relatório de Inflação.


Redução da Selic e queda nas taxas de juros


Entre 2022 e 2023, a taxa Selic permaneceu estável em 13,75% ao ano, o que impactou negativamente os financiamentos imobiliários devido ao aumento dos custos. No entanto, o Banco Central tem promovido cortes gradativos na Selic, que atingiu 10,75% ao ano em março de 2024.

Essa tendência de queda na Selic favorece a redução das taxas de juros dos financiamentos imobiliários, o que pode estimular a demanda por imóveis e aquecer o setor. Segundo o relatório Focus, a expectativa é que a Selic encerre 2024 em 9%, com projeção de 8,5% até o final de 2025. Além disso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) permanece controlado, com acumulado de 4,5% no ano.

As alterações nas taxas de juros também impactam o mercado de locação, já que o cálculo de reajuste dos aluguéis é baseado em índices econômicos como o IPCA.

Retomada do programa Minha Casa Minha Vida

O programa Minha Casa Minha Vida passou por reformulações em 2023, com a introdução de novas regras para os financiamentos, como o aumento dos subsídios, a redução das taxas de juros e o aumento do valor limite dos imóveis financiáveis. Essas alterações tornam o programa mais atrativo para compradores e estimulam a demanda por imóveis enquadrados no programa.

Para o setor, a reformulação do Minha Casa Minha Vida representa uma oportunidade de crescimento, incentivando o lançamento de novos empreendimentos e impulsionando as vendas.

Preços de venda acima do IPCA

De acordo com o DataZAP, os preços de venda dos imóveis devem continuar crescendo acima do IPCA, com uma projeção de 4% a 5% de aumento anual. Isso se deve, em parte, à alta do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que elevou os custos de construção e forçou as incorporadoras a repassar esses custos aos preços dos imóveis novos.

Consequentemente, imóveis usados, sem necessidade de reformas, estão se tornando a opção preferida de compradores, segundo a pesquisa “Tendências de Moradia – Perfil Comprador”, do DataZAP, que revelou que mais de 60% dos entrevistados optam por imóveis usados.


Principais desafios para 2024


Embora as perspectivas sejam positivas, o setor imobiliário ainda enfrenta desafios. O relatório do DataZAP identificou dois fatores de risco que podem impactar o mercado em 2024:

  1. Taxa de juros: O risco fiscal brasileiro ainda persiste e pode influenciar as taxas de juros no país.

  2. Cenário inflacionário global: A inflação nos Estados Unidos e outros mercados internacionais pode pressionar o Brasil, impactando diretamente as taxas de juros e a economia nacional.

Além disso, conflitos internacionais e tensões comerciais, como as relacionadas à Ucrânia, ao Oriente Médio, aos Estados Unidos e à China, podem afetar a oferta de insumos e pressionar a inflação, prejudicando o crescimento econômico no Brasil.


Conclusão


Para profissionais do setor imobiliário, acompanhar as tendências e projeções é crucial para tomar decisões estratégicas em 2024. Esse conhecimento é igualmente valioso para compradores e locatários, que podem utilizar essas informações para negociar de forma mais assertiva e identificar as melhores oportunidades no mercado.

O cenário para 2024, embora promissor, requer atenção às movimentações econômicas globais e aos ajustes no mercado interno, permitindo que profissionais e consumidores se adaptem a um ambiente dinâmico e em constante evolução.



 
 
 

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